Neste momento em que o mundo enfrenta desafios gerados por conflitos geopolíticos, incertezas econômicas, ameaças climáticas e desigualdades sociais, as pessoas esperam que as empresas se posicionem e se envolvam em questões sociais e geopolíticas como nunca foi registrado antes.
O Relatório Especial Edelman Trust Barometer 2022: Empresas e Geopolítica, realizado em 14 países (África do Sul, Alemanha, Árabia Saudita, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes, EUA, França, Índia, Japão, México e Reino Unido) com 14.000 entrevistados entre abril e maio de 2022, evidencia que há um novo mandato para que as empresas atuem de forma ética em prol da sociedade.
Os principais achados do estudo no Brasil incluem:
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Geopolítica se tornou uma questão essencial para as empresas: 60% dos brasileiros afirmam que essas instituições devem incluir “responsabilidades geopolíticas” em suas pautas. Isso inclui: “cultivar admiração pelos valores de nosso país” e “penalizar países que violarem direitos humanos e leis internacionais”.
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Empresas ainda são as mais confiáveis: 65% dos brasileiros confiam nas Empresas, e 60%, nas ONGs. Mídia (48%) e Governo (40%) permanecem no patamar da desconfiança.
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Crise na Ucrânia cria um novo teste para as empresas: quase metade dos respondentes no Brasil (47%) afirmam comprar ou boicotar marcas de acordo com suas respostas à crise na Ucrânia.
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Lealdade e defesa dos empregados dependem da reação da empresa à crise na Ucrânia: no Brasil, um empregado que acredita que seu empregador está agindo corretamente em sua resposta à invasão na Ucrânia é significativamente mais leal a ela (81% vs 62%, quando a percepção do empregado é de que o empregador não está agindo corretamente) e mais propenso a recomendar a organização como empregadora (86% vs 69%).
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Empresas têm poder de influenciar a geopolítica: brasileiros acreditam que se as empresas dedicassem tempo e esforços substanciais para tratar de assuntos como mudanças climáticas (69%), reformas democráticas e de direitos humanos em outros países (68%) e para fazer a Rússia retirar suas tropas da Ucrânia (61%), elas poderiam gerar impacto positivo.
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Expectativas para que CEOs liderem, ao invés de esperar ações do governo: brasileiros acreditam que os CEOs devem restringir atividades comerciais em países que violarem os direitos humanos (63%) e ameaçarem a segurança nacional (62%).
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Expectativas para que os CEOs estejam à frente de comunicações sobre questões geopolíticas: além de esperarem que os CEOs sejam porta-vozes de questões sociais ou geopolíticas, os brasileiros (62%) esperam que essas lideranças fundamentem e formulem discussões e debates sobre políticas em relação a assuntos como “se as empresas devem continuar com negócios na Rússia apesar da invasão da Ucrânia”.
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Nacionalismo prevalece: 55% dos brasileiros acreditam que a maior prioridade de um CEO global deve ser utilizar seus recursos para ajudar as pessoas do país onde fica sua matriz antes de ajudar outros países.
A GEOPOLÍTICA E O QUE ESTÁ EM JOGO PARA AS EMPRESAS
A geopolítica veio para ficar
A geopolítica se tornou prioritária e central para os CEOs, ocupando posição importante na pauta das empresas
Questões sociais em primeiro plano
Empresas devem priorizar questões sociais e reduzir a desigualdade na confiança entre faixas de renda (indivíduos de classes sociais mais altas tendem a confiar mais e de classes mais baixas, menos).
Crescimento econômico e estabilidade financeira ainda são grandes responsabilidades
Empresas devem mitigar impactos da recessão econômica na sociedade
CEOs devem estar à frente
Espera-se que os CEOs sejam a cara das políticas e ações geopolíticas das empresas